Câncer de Pele: tire suas dúvidas sobre a doença!
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O que você sabe sobre o Câncer de Pele? Convidamos o Dr. Elimar Gomes, médico dermatologista para responder algumas perguntas sobre Câncer da Pele, diagnóstico, prevenção e os cuidados necessários, principalmente para essa época de verão. Se você quiser saber um pouco mais sobre câncer de pele e proteção solar, confira a entrevista!
No Brasil, segundo o INCA, estima-se 600 mil casos de câncer a cada ano. Destes, quase 30% são de câncer de pele. Isso mesmo, o câncer de pele é o mais frequente de toda a população brasileira. E isso repete em todo o mundo.
O principal tipo de Câncer de Pele é o carcinoma basocelular (cerca de 70% dos casos). Depois, temos o carcinoma espinocelular (cerca de 20% dos casos) e também temos uma variação de 10% à 15% de melanoma. Para ficar fácil de entender, separamos os cânceres em dois grandes tipos: os carcinomas e o melanoma.
Carcinoma Basocelular: Entre os carcinomas temos o basocelular, que normalmente aparece como uma pápula (uma bolinha) esbranquiçada ou com cor de pérola na superfície. Essas lesões facilmente sangram ao toque ou ao enxugar o rosto com uma toalha.
Carcinoma Espinocelular: O carcinoma espinocelular muitas vezes se apresenta como uma lesão vermelha, endurecida, ou como uma ferida que não cicatriza depois do intervalo de quatro à seis semanas. Outras vezes ele também pode se apresentar como uma lesão verrucosa ou uma lesão avermelhada e dolorosa a apalpação.
Melanoma: Já o melanoma é originário das células que dão cor à nossa pele: os melanócitos. Na grande maioria das vezes ele se apresenta como uma pinta. Essas pintas são, geralmente, irregulares, com muitas cores e tem crescimento progressivo e exagerado.
Uma forma bem prática de identificar uma lesão suspeita de melanoma é usando a regra do ABDCE. Com essa regra, devemos avaliar todas as nossas pintas.
Se uma delas tiver (A) de assimetria (ou seja, um lado é muito diferente do outro), essa é uma lesão suspeita.
O (B) é de bordas. Se as bordas são irregulares ou recortadas, essa também pode ser uma lesão suspeita.
O (C) é de cores. Quanto mais cores tivermos em uma lesão, por exemplo, castanho claro, castanho escuro, avermelhado ou preto, maior a chance dessa lesão ser um melanoma.
O (D) é de diâmetro. Os melanomas têm, geralmente, mais de um centímetro de diâmetro.
E o (E) é de evolução. Ou seja, nossas pintas não costumam ter um crescimento rápido e mudanças de formato. Já o melanoma, por ser um câncer, tem um crescimento exagerado, mudando de forma, cor ou as vezes até tendo sangramento sobre a lesão.
Diante de qualquer uma dessas alterações ou mesmo uma lesão que te faça suspeitar, não fique preocupado. Procure logo um médico dermatologista. Ele fará um diagnóstico e o tratamento dessa lesão. Mesmo nos casos de melanoma, o câncer de pele de maior gravidade, se diagnosticado precocemente, temos mais de 90% de chances de cura.
Todos os tipos de câncer de pele são provocados, principalmente, pela exposição à radiação dos raios ultravioletas do sol de forma exagerada e desprotegida.
O Brasil é um país de alta incidência de radiação solar, por isso, precisamos ficar sempre muito atentos, principalmente no verão. Devemos evitar exposição direta ao sol entre 10h e 15h da tarde e usar óculos, chapéu e roupas com fator de proteção ultravioleta.
O protetor solar é um grande aliado no nosso dia a dia. É importante escolher um fator de proteção 30 ou maior que 30, pois os protetores solares com fator de proteção alto nos dão uma segurança ainda maior. É importante aplicar o protetor solar todo dia antes de sair de casa e, naqueles dias de maior exposição, devemos reaplicar a cada duas ou 3 horas ou sempre que tivermos suor ou sairmos da água.
Assista o vídeo do Dr. Elimar Gomes respondendo as questões sobre Câncer de Pele!